Com as obras iniciadas ainda em 1912, o Hotel Parque Balneário foi inaugurado em 1914 e, em pouco tempo, ganhou fama no país, sendo considerado o melhor hotel sulamericano. Grandes personalidades brasileiras e de fora se hospedaram lá, como os presidentes Afonso Pena, Washington Luís, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Getúlio Vargas.
Em 1922, o Parque Balneário ampliou sua área e passou a ocupar um quarteirão inteiro. Era tanto luxo, que o material empregado em sua construção era quase todo importado: o mármore, italiano; as peças sanitárias e as pastilhas do chão eram inglesas. Os cristais dos lustres e das taças tinham origem tcheca. A mobília e os talheres, todos de prata, provinham da França.
O hotel oferecia 250 quartos e apartamentos, com serviço de água quente e fria, telefone e completa instalação de ar condicionado em suas dependências. Tinha um imenso salão nobre e outro para refeições, além de largas dependências internas e externas para repouso e reunião dos hóspedes, bem como um salão para crianças. Para estas, ainda, a sua cozinha, de primeira ordem, estava aparelhada para prestar serviços dietéticos especiais. O Parque Balneário destacava-se entre os melhores estabelecimentos do Estado e do país, conhecido largamente no estrangeiro. Até a década de 1970, no Salão de Mármore do Hotel Parque Balneário aconteciam formaturas, confraternizações e outras solenidades.
Um dos maiores destaques do hotel era seu cassino, tido como um dos mais elegantes do Estado. Seu letreiro, escrito em alemão (Kursaal), chamava a atenção dos turistas, principalmente estrangeiros, e jogadores na década de 1920. Mesmo com o fim do jogo, decretado em 1946 pelo presidente Gaspar Dutra, o salão do Parque Balneário ainda viu por algum tempo as fichas de madrepérola rodarem nas mesas de bacarat e roleta do hotel.
O fim do Parque Balneário aconteceu em novembro de 1973, quando começou a ser demolido. No local foram construídos prédios residenciais, um hotel e um shopping, que levou seu nome.