Com o advento da internet e da digitalização, as portas do mundo se descortinaram e, com elas, as oportunidades de encantarmos-nos com os “achados” de elementos informativos e visuais que dificilmente teríamos acesso pelos meios convencionais. Para quem trabalha com pesquisa histórica, estas ferramentas modernas só nos fazem concluir que, definitivamente, não há mais limites para a provocação de surpresas e emoções.
Recentemente, indicado por um seguidor do Memória Santista, o colega Vicente Vazquez, nos deparamos com um site alemão que reúne fotografias históricas abrigadas em 88 instituições culturais. Lá estão velhos negativos e slides que revelam o passado de locais diversos do globo, resultado do registro fotográfico de pessoas que lá estiveram a trabalho ou passeio.
Intitulado “Deutsche Fotothek” (Bibliotecas de Fotos Alemã), o site oferece uma vitrine virtual para as obras de importantes fotógrafos germânicos, em especial os que compõem a coleção da “SLUB Dresden” e das instituições parceiras do serviço.
O banco de dados já possui uma coleção digital com mais de 1.975.000 imagens, entre fotografias, pinturas, gráficos, Mapas Históricos e Desenhos Arquitetônicos e de Máquinas.
Essa coleção virtual, entretanto, representa menos do que 50% do acervo da Biblioteca de Fotos Alemã (fundada em 1924), que hoje alega guardar mais de cinco milhões de imagens, divididas pelos mais variados assuntos: fotografia, arte, arquitetura e história da tecnologia.
Liderado pela Fundação Gundlach, fundada em 8 de março de 2000 pelo fotógrafo e colecionador Franz Christian Gundlach, baseada em Hamburgo, o projeto tem como meta proteger e ativar testemunhos importantes da fotografia analógica. Além disso, o arquivo virtual dos fotógrafos serve como um showroom para a diversidade e importância da fotografia alemã, tornando o patrimônio visual herdado de suas próprias coleções e das coleções colaborativas visíveis on-line.
Santos
A cidade de Santos também possui imagens depositadas neste incrível acervo. Há fotografias do porto, das praias, de prédios importantes, como o da antiga Santa Casa (a da avenida São Francisco), das estradas, de bananais do entorno e até uma do antigo Parque Indigena (que existiu na esquina da avenida Conselheiro Nébias com a praia).
O Memória reproduz algumas dessas fotos aqui, mas convidando os que apreciam a história e boas fotogradias, a conhecerem o site, cujo endereço é http://www.deutschefotothek.de