No ano de 1817, Santos era apenas uma pacata vila portuária que não ostentava a mesma importância dos seus primeiros momentos da colonização. As maiores atividades econômicas e produtivas do Brasil de então se concentravam no Nordeste (cana-de-açúcar) e nas Minas Gerais (extração de pedras preciosas). À área da antiga Capitania de São Vicente cabia tão somente uma pequena atividade agrícola, de reduzida exportação, e uma modesta parcela na extração de minérios preciosos. O café, que viria a se tornar o divisor de águas na história paulista, e consequentemente de Santos e seu porto, ainda era timidamente produzido na serra fluminense e só chegaria ao Vale do Paraíba em 1825.
Neste cenário, de uma cidade ainda considerada estratégica para a navegação no Atlântico Sul, Santos ostentava cerca de cinco mil habitantes. Segundo o Censo de 1816, eram 1.236 homens, 1.591 mulheres (total 2.827 habitantes livres) e 2.053 escravos (de ambos os sexos). A maior parte desta massa populacional se concentrava entre o Valongo (Rua São Bento) e a Rua Josefina (atual Rua da Constituição), no sentido leste-oeste; e entre as ruas da Praia e dos Quarteis (lado do estuário) e as ruas Áurea (atual General Câmara) e do Campo (atual Praça Mauá), no sentido norte-sul. Mas era preciso avançar. E à época, decidiu-se em fazê-lo na direção do Monte Serrat, com a criação da Rua 28.
O alargamento definitivo e a troca de mão