Craque Maradona visitou Santos e desejou jogar no alvinegro da Vila Belmiro

El Pibe de Oro não podia deixar de tirar a clássica foto junto do Porto de Santos, quando da sua visita ao Iate Clube.

A casa do maior jogador de futebol de todos os tempos, o Rei Pelé, é vista com o uma espécie de lugar mágico, capaz de atrair qualquer craque, independentemente da nacionalidade ou da projeção no esporte. Em 5 de fevereiro de 1998, quem aportou por aqui foi ninguém menos do que o craque argentino, Diego Armando Maradona, considerado por muitos anos como o maior sucessor do astro santista e da seleção brasileira. E, como tantos outros, chegou desejando vestir a camisa branca do time de maior expressão mundial da cidade de Santos.

Maradona, ao chegar a Santos, falou de seus sonhos. Alguns bem ousados. Disse que, além de desejar jogar no time alvinegro praiano, sonhava um dia poder ser o técnico da Seleção Brasileira de Futebol. E não poupou elogios ao jogador brasileiro Romário, para ele o melhor em atuação naqueles tempos. “Ele é capaz de carregar um time inteiro nas costas”, disse em entrevista a jornais locais.

“El Pibe de Oro” (O miúdo de ouro), como era conhecido Maradona pelos argentinos, não poupou elogios à Pelé, talvez para agradar os santistas, que idolatram o jogador. Ainda assim, disse que seu preferido era Roberto Rivelino. E justificou sua escolha. “Dizem que Gerson afirmou a Pelé que ele realmente era o melhor, mas que lhe faltava ter nascido canhoto. O canhoto é mais elegante”.

Sem grana no bolso
Um fato peculiar da visita de Dieguito a Santos foi ter vindo à cidade “sem uma lira (moeda italiana) sequer nos bolsos”. Alegou que antes de chegar ao Brasil, perdera os documentos e até os cartões de crédito. Sorrindo, disse que sua viagem, desde então, estava sendo custeada pelos amigos.

Diego chegou a Santos às 14 horas e foi para uma visita à empresa Estrada Transportes, na Zona Noroeste, para compromissos de negócios. No local brincou e tirou fotos com os funcionários.  Depois rumou para a Ponte dos Práticos, de onde partiu para um almoço no Iate Clube de Santos. Na volta, tirou fotos na saída do canal do estuário, com a Fortaleza da Barra de cenário ao fundo. O bairro da Ponta da Praia parou para ver o grande craque do futebol mundial.

Dezenas de pessoas, ao reconhecerem Maradona, passaram a seguir o carro, até o bar Barril 2000, de propriedade do jogador Serginho Chulapa.

O ponto alto da visita do craque argentino foi na Vila Belmiro, onde teve o privilégio de pisar na mesma grama que o maior rival, o Rei Pelé. No local, fez embaixadinhas e se divertiu com alguns membros da diretoria do clube. Posou para várias fotografias e deixou o recado sobre o desejo de vestir a camisa santista. “Se quiserem, estou à disposição, nem que seja para ter contrato por jogo”.

Dias depois desta visita, a oferta de Maradona foi descartada, mas o astro da seleção campeã de 1986, deixou aqui sua referência em respeito ao time berço do maior jogador de futebol do mundo, parte de uma equipe que encantou os quatro cantos do planeta, levando o nome da cidade para todas as bocas terrestres.

Maradona visitou a Vila Belmiro e ficou na vontade. Queria jogar com a 10 do grande rival, o Rei Pelé. Não rolou!
Maradona visitou a Vila Belmiro e ficou na vontade. Queria jogar com a 10 do grande rival, o Rei Pelé. Não rolou!

 

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